Volume de serviços cresce 0,2% em abril, diz IBGE
Setor acumula alta de 2,2% no ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
247 - O setor de serviços no Brasil registrou leve avanço de 0,2% em abril de 2025 na comparação com o mês anterior, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho, que considera a série com ajuste sazonal, coloca o setor 17,3% acima do patamar anterior à pandemia de Covid-19, alcançado em fevereiro de 2020, e apenas 0,2% abaixo do pico histórico verificado em outubro de 2024.
Na comparação interanual, o setor apresentou crescimento de 1,8%, marcando a 13ª taxa positiva consecutiva. No acumulado de 2025, a alta é de 2,2%, enquanto a variação dos últimos 12 meses aponta desaceleração, ando de 3,1% em março para 2,7% em abril.
Apesar do resultado positivo geral, apenas uma das cinco atividades pesquisadas teve crescimento: os transportes, com alta de 0,5%, registrando a terceira elevação consecutiva e um ganho acumulado de 2,8% nesse período. As demais atividades apresentaram retração, com destaque para o grupo “outros serviços”, que caiu 2,3%, somando uma perda de 2,6% nos dois últimos meses. Também houve recuos nos serviços profissionais, istrativos e complementares (-0,5%), informação e comunicação (-0,2%) e serviços prestados às famílias (-0,1%).
A média móvel trimestral do setor foi de 0,5% no trimestre encerrado em abril. Nesse indicador, quatro das cinco atividades acompanharam o movimento de crescimento: transportes (0,9%), serviços prestados às famílias (0,7%), informação e comunicação (0,5%) e serviços profissionais, istrativos e complementares (0,5%). “Outros serviços” permaneceu estável.
No recorte anual, o setor de informação e comunicação liderou os ganhos, com crescimento de 5,8%, impulsionado por aumentos de receita em serviços digitais e de tecnologia, como hospedagem na internet, desenvolvimento de softwares e serviços de dados. Também avançaram os serviços prestados às famílias (4,8%), o segmento de transportes (1,1%) e os profissionais e istrativos (0,5%).
Por outro lado, “outros serviços” foi o único grupo com resultado negativo no período, com recuo de 5,2%, impactado pela queda nas receitas de corretoras, serviços auxiliares financeiros e oficinas de veículos.
No acumulado de janeiro a abril de 2025, o setor de serviços cresceu 2,2% frente ao mesmo período de 2024. Quatro das cinco atividades registraram expansão, com destaque novamente para informação e comunicação (6,5%). Transportes (1,0%), profissionais e istrativos (1,6%) e prestados às famílias (2,4%) também tiveram desempenho positivo. Apenas “outros serviços” apresentou queda, de 2,6%.
Dezoito das 27 unidades da federação apresentaram crescimento no volume de serviços em abril frente a março, contribuindo para o leve avanço nacional. São Paulo (0,8%), Pernambuco (5,3%), Mato Grosso (2,8%) e Minas Gerais (0,6%) foram os maiores destaques positivos. Já Rio de Janeiro (-3,2%), Bahia (-2,4%) e Goiás (-3,2%) puxaram o desempenho para baixo.
Na comparação com abril de 2024, 19 estados registraram expansão, liderados por São Paulo (2,7%), Distrito Federal (8,9%), Santa Catarina (5,2%), Rio de Janeiro (1,3%) e Mato Grosso (5,8%). Rio Grande do Sul (-8,6%), Minas Gerais (-1,2%) e Bahia (-2,2%) figuraram entre os principais recuos.
No acumulado do quadrimestre, o avanço de 0,2% no Brasil teve contribuição de 21 unidades da federação, sendo os principais impulsos vindos de São Paulo (3,4%), Rio de Janeiro (2,6%), Santa Catarina (4,9%) e Distrito Federal (7,2%). O Rio Grande do Sul, com queda de 10,5%, exerceu a maior pressão negativa.
O índice de atividades turísticas teve elevação de 3,2% em abril, após uma leve retração de 0,1% no mês anterior. O segmento está 13,2% acima do nível pré-pandemia e apenas 0,5% abaixo do recorde registrado em dezembro de 2024.
Onze dos 17 estados analisados acompanharam esse crescimento, com destaque para São Paulo (3,4%), Rio de Janeiro (1,6%), Rio Grande do Sul (5,7%) e Goiás (10,8%). Em contrapartida, Minas Gerais (-1,1%) e Santa Catarina (-1,3%) apresentaram queda.
Na comparação com abril de 2024, o turismo avançou 9,3%, seu 11º resultado positivo consecutivo, puxado por altas em transporte aéreo, hospedagens e alimentação. Quinze estados registraram alta, com ênfase para Rio de Janeiro (20,7%) e São Paulo (10,1%).
No acumulado do ano, o setor turístico cresceu 6,4%, com expansão em 14 dos 17 locais investigados. Os maiores destaques foram Rio de Janeiro (14,0%), Santa Catarina (10,5%) e Bahia (10,2%). Apenas três estados recuaram: Rio Grande do Sul (-2,6%), Mato Grosso (-7,8%) e Minas Gerais (-0,2%).
O transporte de ageiros cresceu 1,8% em abril, acumulando ganho de 6,8% nos últimos três meses. Com isso, o segmento está 4,6% acima do nível pré-pandemia, embora ainda 19,7% abaixo do recorde de fevereiro de 2014. Na comparação anual, houve alta de 4,5%, e no acumulado do ano, crescimento de 3,5%.
Já o transporte de cargas caiu 0,3% em abril, após avanço acumulado de 1,8% entre fevereiro e março. Em relação ao pico de julho de 2023, o segmento está 7,1% abaixo, mas ainda 34,8% acima do nível pré-pandemia. Em termos anuais, o transporte de cargas teve queda de 2,0% em abril e de 1,8% no acumulado de 2025.
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