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Pais de estudante morto pela PM denunciam Tarcísio na ONU: "constelação de crimes"

Família de Marco Aurélio Acosta levará à ONU denúncias por homicídio, racismo e omissão contra o governo paulista de Tarcísio de Freitas

Tarcísio de Freitas e Guilherme Derrite (Foto: Josué Emidio/Governo do Estado de SP)
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247 - Os pais do estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, morto com um tiro disparado por um policial militar em novembro de 2023, vão denunciar o governo do estado de São Paulo à Organização das Nações Unidas (ONU), segundo a Folha de S. Paulo.

Julio Cesar Acosta Navarro e Silvia Mônica Cardenas Prado, ambos médicos peruanos naturalizados brasileiros, participarão da 59ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, entre os dias 16 de junho e 9 de julho, em Genebra, na Suíça. Eles pretendem expor o caso com vídeos e imagens do crime, cometido por policiais militares em um hotel da Vila Mariana, zona sul da capital paulista. A cena foi registrada pela câmera corporal de um dos agentes.

“Iremos fazer denúncias por homicídio qualificado, racismo, xenofobia, tortura, associação criminosa. Uma constelação de crimes contra meu filho”, afirmou o pai de Marco Aurélio.

A morte do jovem causou comoção e indignação, especialmente após as falas do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de seu secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. Apesar de Tarcísio ter declarado em duas ocasiões que “lamentava” o ocorrido e que o episódio não refletia a conduta esperada da corporação, a família aponta a ausência de ações concretas para responsabilizar os envolvidos.

“O último curso para apelar é à ONU, como o Tarcísio já disse de forma muito insensível: ‘podem ir à ONU, à Liga da Justiça’. Estou abrindo mão do meu trabalho para reivindicar justiça pelo meu filho”, afirmou Julio Navarro.

A dor dos pais foi agravada pelas declarações do secretário Derrite, que, ao ser cobrado pela escalada da violência policial, declarou que apenas uma “pequena parte da sociedade se incomodava com o êxito do bem contra o mal”.

“O secretário \[Guilherme] Derrite, o governador Tarcísio nunca nos pediram desculpas, em nenhum momento nos procuraram. O Tarcísio lamentou em duas ocasiões, nas redes sociais e numa entrevista. Lamenta, mas não move nenhum dedo para fazer justiça", protestou o pai do estudante.

Os soldados Guilherme Augusto Macedo, responsável pelo disparo, e Bruno Carvalho do Prado já retornaram ao trabalho nas ruas. A Polícia Civil e o Ministério Público solicitaram a prisão de Macedo, mas a Justiça negou o pedido. O processo agora aguarda decisão em segunda instância. Um Inquérito Policial Militar concluiu que houve homicídio, e o caso foi remetido ao Tribunal de Justiça Militar. Também há um processo istrativo em andamento para apurar transgressões disciplinares dos agentes.

“Apesar de dizer que lamenta, os policiais que mataram meu filho já estão liberados para trabalharem nas ruas. Vamos falar de toda a violação que cometeram desde o crime, as falhas na investigação, a Justiça que sentou em cima do processo”, criticou Julio.

A mãe, Silvia Cardenas, também denunciou a conivência das autoridades com a impunidade. “A volta deles ao trabalho é a inegável cumplicidade da alta cúpula militar e do estado de São Paulo, que é conivente com o crime contra meu filho”, afirmou.

A denúncia à ONU amplia a pressão internacional sobre o governo de Tarcísio de Freitas, já alvo de críticas por não enfrentar com firmeza os abusos das forças policiais paulistas. Para os pais de Marco Aurélio, a busca por justiça atravessa fronteiras e agora se inscreve no cenário global dos direitos humanos.

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