China condena ataques de Israel ao Irã e alerta para risco de escalada no Oriente Médio

247 - Em pronunciamento realizado nesta sexta-feira (13), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, manifestou “profunda preocupação” com os ataques aéreos realizados por Israel contra múltiplos alvos no território do Irã. A declaração foi divulgada pelo jornal estatal Global Times, que destacou a posição firme do governo chinês diante do risco de agravamento da tensão no Oriente Médio.

“Estamos altamente preocupados com os ataques de Israel ao Irã e profundamente apreensivos quanto às possíveis consequências graves dessas ações”, afirmou Lin Jian. Ele enfatizou que a China se opõe “a qualquer violação da soberania, segurança e integridade territorial do Irã”, reiterando a importância de respeitar os princípios do direito internacional.

A ofensiva israelense, ocorrida na madrugada desta sexta-feira, reacendeu temores de uma escalada mais ampla do conflito na região, que já vive um cenário de instabilidade permanente. Para Pequim, segundo Lin, esse tipo de ação “não está no interesse de nenhuma das partes envolvidas” e apenas contribui para alimentar a violência.

“Instamos todas as partes relevantes a fazerem mais esforços para promover a paz e a estabilidade regional, evitando qualquer escalada adicional da situação”, declarou o porta-voz, reforçando que a China está disposta a “desempenhar um papel construtivo” no processo de distensão.

A posição chinesa, de condenação clara aos ataques e de defesa da integridade territorial do Irã, destaca o crescente protagonismo diplomático de Pequim em crises internacionais, especialmente no Oriente Médio, onde a China tem fortalecido laços estratégicos tanto com Teerã quanto com países árabes da região.

A manifestação ocorre num momento delicado da política regional, em que o governo de Benjamin Netanyahu intensifica operações militares em diversos fronts, ampliando as preocupações globais com o possível alastramento do conflito. A China, por sua vez, reafirma sua postura como defensora da diplomacia e da mediação como alternativas à força militar.