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Redes sociais 'alimentam' problemas de saúde mental em 70% dos jovens

Estudo da KidsRights revela que 70% dos adolescentes sofrem impactos negativo

(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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247 - A crise de saúde mental entre crianças e adolescentes já atingiu níveis alarmantes em todo o mundo, impulsionada principalmente pela influência descontrolada das redes sociais. É o que revela um relatório divulgado nesta quarta-feira (11) pela organização KidsRights, sediada em Amsterdã, e divulgado pela AFP.

De acordo com o estudo, realizado em parceria com a Universidade Erasmus de Roterdã, um em cada sete jovens, com idades entre 10 e 19 anos, enfrenta algum tipo de problema relacionado à saúde mental. “O relatório deste ano é um alerta que não podemos mais ignorar”, afirmou Marc Dullaert, fundador e presidente da KidsRights. Segundo ele, a situação foi “exacerbada pela expansão descontrolada das mídias sociais, que privilegia o uso em detrimento da segurança”.

O Índice KidsRights, publicado anualmente, avalia o desempenho de 194 países em relação aos direitos da criança e seu compromisso em promovê-los. Em sua edição de 2025, o documento destaca uma “correlação perturbadora” entre o uso problemático das redes sociais e o agravamento da saúde mental infantil. O relatório define como problemático o uso viciante das plataformas, que interfere nas atividades cotidianas e na qualidade de vida dos jovens.

O levantamento também chama atenção para a relação direta entre o consumo excessivo de conteúdo online e o aumento das tentativas de suicídio. Dados citados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a taxa global de suicídio entre adolescentes de 15 a 19 anos é de 6 a cada 100 mil jovens.

Apesar dos riscos identificados, o relatório adverte que soluções radicais, como a adotada na Austrália — que proibiu o o de menores de 16 anos às redes sociais —, podem ser contraproducentes. “Proibições tão rígidas podem infringir os direitos civis e políticos das crianças”, destacou o documento, ressaltando o direito ao o à informação.

A KidsRights defende que a solução exige uma abordagem equilibrada e abrangente, que leve em conta tanto a proteção quanto o desenvolvimento das crianças. “Os avanços tecnológicos dos últimos anos abriram uma caixa de Pandora de desafios e oportunidades”, observou o relatório. Enquanto, de um lado, o o à informação representa um benefício inegável, de outro, as redes sociais expõem crianças e adolescentes a riscos graves, como bullying, violência psicológica, exploração sexual, violência de gênero e desinformação.

O estudo reforça a necessidade de políticas públicas que não apenas regulem o uso das plataformas digitais, mas também eduquem jovens e famílias sobre o uso responsável da tecnologia, criando um ambiente digital mais seguro e saudável para as novas gerações.

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