"Estamos no rumo certo", diz Gleisi Hoffmann sobre avanços na educação e recorde de brasileiros com ensino superior
Ministra destaca políticas iniciadas no governo Lula como responsáveis por aumento na escolaridade e redução do analfabetismo, segundo dados do IBGE
247 - A ministra das Relações Institucionais do governo Lula (PT), Gleisi Hoffmann (PT), celebrou os avanços educacionais registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2024. Em uma postagem nas redes sociais, Gleisi afirmou que “pela primeira vez a população brasileira com mais de 25 anos tem ensino superior completo, de acordo com o IBGE”, classificando o dado como um “recorde histórico”.
Segundo a ministra, esse resultado é fruto de políticas lançadas nos governos anteriores de Lula. Ela citou como marcos decisivos o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Novo Fies, o Reuni e as políticas de cotas. “Ainda há muito a fazer, mas os resultados mostram que estamos no rumo certo. Dinheiro para educação é investimento!”, declarou.
Ensino superior atinge recorde - De acordo com a PNAD Contínua sobre Educação, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE, 20,5% das pessoas com 25 anos ou mais de idade tinham ensino superior completo em 2024 — o maior índice da série histórica, iniciada em 2016. A marca supera o percentual de 19,7% registrado em 2023.
Também cresceu a proporção de brasileiros que concluíram a educação básica obrigatória (ensino médio ou superior): de 54,8% em 2023 para 56,0% em 2024. Entre as mulheres, o índice chegou a 57,8%.
Analfabetismo atinge menor taxa da série histórica - Outro dado comemorado por Gleisi foi a taxa de analfabetismo no Brasil, que caiu para 5,3% da população com 15 anos ou mais, totalizando 9,1 milhões de pessoas. Em 2016, esse número era de 6,7%.
“Batemos também o recorde histórico de alfabetização”, destacou a ministra. A queda em relação a 2023 (5,4%) representa menos 197 mil pessoas analfabetas.
A pesquisa mostra ainda que o analfabetismo segue altamente concentrado em regiões historicamente mais vulneráveis. O Nordeste responde por 55,6% do total de analfabetos do país, e o Sudeste por 22,5%. Entre os idosos com 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo é de 14,9%.
Desigualdades persistem - Apesar do avanço geral, os dados apontam desigualdades raciais e regionais persistentes. Entre as pessoas pretas ou pardas com 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo foi de 6,9%, mais que o dobro dos 3,1% verificados entre pessoas brancas. A média de anos de estudo também evidencia essa disparidade: 11,0 anos entre brancos e 9,4 entre pretos ou pardos.
Além disso, apenas 27,1% dos jovens de 18 a 24 anos estavam cursando o ensino superior — índice ainda distante da meta de 33% prevista no Plano Nacional de Educação (PNE). Entre jovens brancos, esse índice chega a 37,4%, mas entre pretos e pardos é de apenas 20,6%.
Abandono escolar e evasão seguem desafiando políticas públicas - O estudo também aponta que 8,7 milhões de jovens entre 14 e 29 anos não haviam completado o ensino médio em 2024. A maioria era formada por pessoas pretas ou pardas (72,5%) e homens (59,1%).
A evasão escolar se intensifica a partir dos 16 anos, com taxas que superam 20% aos 18. Os principais motivos citados para o abandono foram a necessidade de trabalhar (42,0%) e a falta de interesse (25,1%). Entre as mulheres, a gravidez apareceu como segundo maior motivo (23,4%), seguida de afazeres domésticos (9,0%).
Creches continuam iníveis para muitos - A falta de vagas em creches ainda é uma barreira considerável. No Norte e no Nordeste, cerca de 40% dos pais ou responsáveis de crianças entre 0 e 3 anos apontaram a ausência de creches ou a recusa de matrícula como motivo para a não frequência escolar.
Embora o Brasil esteja longe de alcançar todas as metas do PNE, os dados de 2024 sinalizam progressos consistentes em áreas estratégicas da educação. A ampliação do o ao ensino superior, a redução do analfabetismo e o crescimento da escolarização infantil são conquistas que, na avaliação da ministra Gleisi Hoffmann, se devem à continuidade de políticas públicas iniciadas nas gestões petistas. “Estamos no rumo certo”, resumiu.
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