Bolsonaro contradiz depoimento de Cid e nega ter editado minuta golpista e pressionado ministro
No interrogatório, o ex-mandatário negou ter feito alterações no documento de teor golpista
247 – O ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (10), em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que não pressionou o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira para que as Forças Armadas elaborassem um relatório crítico ao sistema de urnas eletrônicas.
Interrogado pela Primeira Turma do STF, no âmbito do processo que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, Bolsonaro disse: "Jamais pressionei seja o ministro que for". E completou: "Não houve pressão em cima dele [Paulo Sérgio Nogueira] para fazer isso ou aquilo. O relatório dele contou com meu acordo."
A declaração, no entanto, contradiz o depoimento do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que, na véspera, afirmou ao Supremo que Bolsonaro pressionou o então ministro da Defesa por um relatório “duro” contra as urnas.
No interrogatório, o ex-mandatário também negou ter editado a “minuta do golpe”, que seria usada para anular o resultado das eleições de 2022. Ainda na segunda-feira (9), Cid chegou a afirmar, em depoimento, que Bolsonaro não apenas teve o ao documento de teor golpista, mas também fez alterações no texto.
“Refuto qualquer possibilidade de falar minuta de golpe ou do que não estivesse enquadrado na Constituição. Não tive contato com essa minuta”, rebateu o ex-presidente nesta terça-feira.
Assista ao julgamento:
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