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Cristina Kirchner detona Milei e o compara ao 'palhaço' Zelensky

Ex-presidenta da Argentina critica submissão de Milei aos Estados Unidos após tarifas contra exportações e ironiza relação com Donald Trump

Cristina Kirchner na Cidade do México 3/8/2024 REUTERS/Luis Cortes (Foto: REUTERS/Luis Cortes)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – A ex-presidenta argentina Cristina Fernández de Kirchner lançou duras críticas ao atual presidente Javier Milei, após os Estados Unidos imporem uma tarifa de 10% sobre exportações argentinas. Em uma sequência de postagens incisivas nas redes sociais, Kirchner ironizou a tentativa de Milei de minimizar o impacto da medida com uma referência à música "Friends Will Be Friends", da banda Queen. “A única coisa que você consegue pensar é em fazer um post em inglês com a música do Queen?”, disparou.

As declarações foram divulgadas pela própria Cristina em seu perfil no X (antigo Twitter), onde ela rebateu uma postagem de Milei que tentava relativizar os danos da nova política comercial americana. A ex-presidenta contestou a narrativa de aproximação entre os dois países: “Você quer nos convencer de que os Estados Unidos ainda são nossos amigos? Talvez eles sejam amigos seus”, afirmou.

Cristina também ressaltou a contradição entre o discurso antissistema de Milei e os resultados práticos de sua aliança com Washington. Lembrou que a Argentina ou a ser tratada como países que Milei costuma criticar, sendo agora igualmente penalizada por tarifas comerciais. Em tom sarcástico, evocou o nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem Milei considera um aliado: “Lembre-se de como o ‘amigo’ Trump derrubou as ações das principais empresas argentinas”, escreveu.

O ponto alto da crítica foi a comparação entre Milei e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Cristina lembrou que Trump ignorou Zelensky em uma visita à Casa Branca, em fevereiro, após considerar que o líder ucraniano já não lhe era mais útil. “Olhe no espelho e veja como o ‘amigo’ tratou Zelensky quando já não servia mais”, provocou.

O ataque de Cristina Fernández de Kirchner aprofunda o embate político entre os dois líderes e escancara a crescente tensão em torno da condução da política externa argentina, especialmente diante da postura ideológica de Milei e sua relação com os Estados Unidos.

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