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Kirchner critica suprema corte argentina após decisão de prisão: "respondem ao poder econômico concentrado da Argentina"

Ex-presidente denuncia ataque ao voto popular e critica modelo econômico de Javier Milei diante de decisão da Suprema Corte

A ex-presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner olha do lado de fora do prédio nacional do Partido Justicialista, depois que a Suprema Corte da Argentina confirmou seu veredicto de culpada por fraudar o Estado, em Buenos Aires, Argentina, em 10 de junho de 2025 (Foto: REUTERS/Tomas Cuesta)
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247 - Após o Supremo Tribunal argentino confirmar sua condenação a seis anos de prisão no caso Vialidad, a ex-presidente Cristina Kirchner reagiu com veemência à decisão judicial, classificando os juízes como representantes dos interesses das elites econômicas do país. 

As declarações foram feitas na sede do Partido Justicialista (PJ), diante de uma multidão de militantes que se reuniu em apoio à líder peronista. As informações são do portal Página/12.

"Este triunvirato de fantoches (os juízes da Suprema Corte) responde a poderes naturais muito acima deles: o poder econômico concentrado da Argentina", afirmou Cristina, denunciando a suposta instrumentalização do Judiciário para deslegitimar lideranças populares. 

Em sua fala, ela criticou o atual governo ultraliberal de Javier Milei e relacionou a condenação judicial ao contexto de crise institucional vivenciado no país.

Segundo Cristina, “a verdade é que esta Argentina governada por Milei nunca deixa de nos surpreender, porque, além da restrição salarial, acrescentaram a restrição ao voto popular”. 

Para ela, há uma tentativa de anular a representação popular por meio de decisões judiciais orientadas por interesses econômicos, num cenário que ela descreve como "a crônica de uma morte final" para o país.

A ex-mandatária também recordou o atentado que sofreu em 2022, vinculando a decisão da Corte ao mesmo projeto político e econômico que, segundo ela, promove o ódio e a exclusão. “Esse poder, poucos dias depois da tentativa de assassinato, intitulou: ‘A bala que não saiu, o fracasso que sairá’”, declarou.

Sobre sua sentença, Cristina afirmou que sua prisão representa, na verdade, um símbolo de resistência: “Enquanto os Macris e os Caputos puderem andar por aí sem que ninguém lhes diga nada, estar na prisão é um certificado de dignidade histórica”. Ela acrescentou que já havia previsto o desfecho do julgamento: “Quando fui depor (no caso de trânsito) eu disse que a sentença já estava escrita, e eu não estava errada”.

A ex-presidente argumentou que os líderes que promovem a distribuição de renda e governam para os mais pobres são “imperdoáveis” para as elites argentinas. “Estão enganados aqueles que acreditam que, ao me condenar, continuarão o processo de pilhagem”, enfatizou.

Cristina ainda direcionou críticas diretas a Javier Milei, a quem chamou de “presidente fantoche” a serviço do establishment. “Quando ele não servir mais ao establishment econômico, quando ele cair — porque quanto tempo durarão a dívida em série, os baixos salários, a destruição das capacidades da Argentina, o desmantelamento de Garrahan e das universidades? Quando tudo isso cair, o establishment econômico vai querer impedir que o movimento popular se organize.”

A líder peronista reiterou a importância de resistência popular diante do avanço neoliberal no país. “Como sempre, colocaremos nossos corpos em risco, porque os peronistas não fogem; a direita faz isso; nós não somos gangsters”, afirmou. Em tom de mobilização, conclamou os presentes a se organizarem: “Vamos fazer campanha, vamos nos organizar, vamos apoiar as pessoas que precisam. É essencial ter uma liderança que esteja ao lado das pessoas”.

Enquanto a militância se manifestava em apoio a Cristina, os promotores Diego Luciani e Sergio Mola pediram sua prisão imediata, além do confisco de seus bens. A Segunda Vara Federal de Oratória estabeleceu um prazo de cinco dias para que a ex-presidente compareça às autoridades, e solicitou à ministra Patricia Bullrich que determine uma força federal de segurança para definir o local de sua detenção.

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